03 março, 2007

Poperô: o risca-faca


Zuada, festa em carolinês. Depois do casório na igreja de são pedro de alcântara, iremos para ilha dos botes participar do poperô. Traje a rigor de um sol de rachar. Famosa pouca roupa. Na ilha de ninguém de caras.
A banda do lapada na rachada e do queima raparigal animará todos.
Sucesso total!

Carolina no JB

Carolina, às margens do Rio Tocantins, conta com nada menos do que 22 rios cortando seu território. A cidade fica na Chapada das Mesas, região de cerrado com fauna e flora ricas em variedade, além de uma série de cachoeiras e praias fluviais. A mais procurada queda d'água responde por Cachoeira da Pedra Caída. A infra-estrutura turística é de primeira, com chalés para pernoite, piscina natural, quadras e bar.

Há três cachoeiras grandes. Para se chegar até a principal, a da Gruta do Amor, com 46 metros de altura, é preciso pegar uma escadaria rústica e íngreme entre a vegetação densa.

A Cachoeira do Itapecuru também se destaca. Reúne dois saltos conhecidos como cachoeiras Gêmeas, uma com dez metros, outra com doze. Elas formam uma enorme piscina natural, com direito a ilhotas e praias. Como na Pedra Caída, a estrutura para receber os visitantes conta com área de lazer, bares, chalés e restaurante.

As praias do Tocantins surgem no período de estiagem e podem ser freqüentadas entre junho e agosto. A maior parte delas concentra-se na cidade de Filadélfia, do outro lado do rio, já no Estado do Tocantins.

Mas é Carolina que dispõe de melhores condições para receber turistas. Rústica, mas encantadora, a Ilha dos Botes fica a apenas 100 metros da margem do Tocantins. Lá, pode-se dormir em barracas e desfrutar das iguarias típicas, como peixes de água doce e carne-de-sol, além de música ao vivo nos fins de semana.

O Morro das Figuras guarda uma série de inscrições rupestres. O acesso só é possível em carros 4x4 com auxílio de guias que conheçam a região.

Maranhão de três faces
Cenário: Brasil - Carolina: uma cidade nos confins do Maranhão

O projeto Cine Mambembe rasga as entranhas do Brasil e chega a uma cidadezinha de beleza intocada, na Chapada das Mesas

Por LAÍS BODANZKY (Folha de São Paulo)

Já tinham nos assoprado a cidade de Carolina. Só que eu não tinha a mínima idéia de onde ficava o lugar. Carolina fica no Maranhão, perto de Tocantins, bem embaixo. Para chegar lá, passamos por Piranhas, na beira do São Francisco –meio Bahia, meio Pernambuco, meio Alagoas– e aí fomos rasgando pelo sertãozão do Brasil.

Essa história começou há dez anos, quando eu e o Luiz (Bolognesi), meu marido, éramos realizadores de filmes de curta-metragem. Resolvemos montar um projeto de cinema itinerante e escolhemos públicos que tinham necessidade de assistir aos filmes (assim como nós tínhamos necessidade de mostrar). Segundo o IBGE, 92% dos municípios brasileiros não têm nenhuma sala de cinema.Abrimos o mapa e começamos a pesquisar vilarejos. Alguns amigos indicaram Piranhas, cidade onde aconteceu toda a história do Lampião.

Carolina também estava na lista. Um dos objetivos era conhecer lugares interessantes, a viagem tinha que ser um prazer.

(...)

Quando chegávamos a uma cidade, a primeira coisa que fazíamos era pedir apoio à prefeitura. E lá fomos nós. Em Carolina, não tivemos sessão na praça, o filme foi exibido na Câmara Municipal, reformada depois de abrigar o antigo cinema da cidade. Na hora marcada da projeção, ninguém apareceu. Era a primeira vez que isso ocorria.

Descobrimos depois que naquele momento da sessão estava acontecendo a abertura oficial do verão, um evento tradicional aguardado por toda a cidade, com uma festa na beira do rio.

No dia seguinte a sessão lotou e foi lindo. E o debate com os adolescentes da escola pública foi um dos mais ricos e fortes que já tivemos. Perguntas interessantíssimas, inteligentes, comentários e impressões da vida deles. Percebi que toda vez que tinha debate com escola pública, cada um tinha uma característica. Mas sempre havia uma relação com a diretora da escola. Quando a diretora era uma pessoa especial, normalmente os alunos eram especiais.

Em Carolina, conhecemos essa diretora espetacular, uma mulher maravilhosa que, eu soube depois, infelizmente acabou saindo da cidade. Os jovens ali eram apaixonados por ela.

Fundada na metade do século 19, Carolina fica na Chapada das Mesas, uma região de incontáveis e belíssimas cachoeiras, além de grutas, cavernas e formações rochosas que se assemelham a gigantescas esculturas naturais.O mais incrível é que as águas não são geladas, têm uma temperatura agradável, deliciosa.

É uma coisa muito louca, porque à noite faz frio, e de dia é muito, muito quente. Como num deserto. Eu me lembro de dormir na rede toda encolhida e de ter até câimbra, por causa do frio.

A cachoeira da Pedra Caída, também conhecida pelos nativos como "santuário", é de uma beleza única. Tem uma gruta que parece o cenário de um filme. Bate uma luz ali dentro, como se fosse uma fenda no meio da rocha. Lá embaixo, você encontra um riozinho de areinha e, ao lado, uma pequena praia. É uma luz linda e difusa. Enquanto íamos andando aquele riachinho ia alargando, ficando mais fundo... De repente, já estava batendo na cintura, depois no peito. E cada vez o espaço ia ficando mais mágico, mais forte. A gente não sabia se podia ir em frente ou não, dava aquele medo.

Só nos dois ali e, quando chegamos ao centro da gruta, fiquei impressionada. Parecia que tínhamos entrado numa igreja. É um impacto absurdo. Aquele eco, a luz que vem do alto e a queda d'água impressionante. Ficamos muito tempo ali, em silêncio, porque era um lugar sagrado. Pensava como a natureza pode ser tão forte, tão bonita e causar tantas emoções.

Não a emoção de aventura, mas a emoção de sentir a força que aquele espaço tem. Ainda mais porque ninguém tinha avisado sobre a beleza do lugar. O susto de descobrir aquela imponência foi enorme. Parecia um grande delírio, um sonho que estávamos vivendo. O lugar é lindo, lindo, lindo.

O prefeito de Carolina nos contou que está se esforçando para ativar o turismo local.

Realmente, seria melhor que a região sobrevivesse do turismo do que das fazendas de gado e das plantações de soja, que acabam com a vegetação original. Os animais também estão sumindo, e as cachoeiras um dia vão desaparecer por conta disso, porque elas precisam dessa vegetação nativa.

Visita à aldeia Kraó Carolina está no meio de muitas aldeias indígenas que preservam a língua e a cultura. São povos guerreiros, e acho que eles só persistem por causa dessa característica. Fomos visitar a aldeia Kraó, uma delas. Como o nosso carro não ia conseguir vencer aquele areão, fomos de caminhonete, com um motorista que estava morrendo de medo de ir para lá. Um pouquinho de razão ele tinha, e um pouco de inocência nós tínhamos também.A sensação que tive quando cheguei à aldeia é que eu estava num outro país, porque ninguém falava português, só o cacique, e falava mal. Todos vinham conversar na língua deles e você não entendia absolutamente nada.A sessão foi maravilhosa. Foi a primeira vez que eles viram uma projeção. O cacique nos contou que eles conheciam a Fernandinha. Depois, entendemos que era a Fernanda Torres, que lá filmou "Capitalismo Selvagem".

A noite foi mágica e de lua cheia. No meio da aldeia, montamos a tela. Quando acabou, cada um foi para sua casa e, imediatamente, instalou-se aquele silêncio. O Luiz queria sair para passear, mas eu não arredei pé. Aquela era uma região de onças. Se os índios não saem, por que eu vou sair? Dormimos ali, num dormitório coletivo, nós e todos eles, mais cachorros e galinhas. No dia seguinte, tomamos um banho de rio inesquecível. Primeiro o grupo das mulheres, depois os homens. Elas escovam os dentes com areia e têm dentes branquíssimos.O banho estava tão gostoso que o Luiz não queria ir embora. Um índio ficou do lado dele. Ele se virou para o índio e disse que ficaria sozinho. O índio respondeu que isso não aconteceria, porque aquela era a hora em que a onça vinha beber água. Essa expressão lá é um fato.Uma vaca para os índios No dia seguinte, na hora de partir, houve um momento delicado. O cacique nos questionava sobre o motivo da sessão, dizendo que queria ficar com o nosso equipamento. Depois de uma longa e tensa negociação, combinamos de enviar uma vaca, já que o gado é a moeda da região. E assim o fizemos quando chegamos à Carolina.

Uma ONG que nos ajudou a entrar em contato com os índios mandou depois a vaca para a aldeia. O pico da aventura realmente foi a visita aos Kraó, em Tocantins, uma experiência inesperada, diferente de tudo.Nunca mais voltei à Carolina, mas espero retornar em breve. Tudo o que aconteceu ali foi mágico, forte, intenso. Adquiri carinho por esse nome, ele ficou registrado na nossa memória. É o nome da nossa filha, de três anos.

Laís Bodanzky é diretora de "Bicho de Sete Cabeças" e "Cine Mambembe, O Cinema Descobre o Brasil", premiados no Brasil e no exterior. O projeto Cine Mambembe deu origem ao Cine Tela Brasil (www.cinetelabrasil.com.br), patrocinado pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR). A sala de cinema é transportada por um caminhão e montada em uma nova cidade a cada semana

onde ficar ?

o mais viável são as pousadas. Temos duas para indicar: a Pousadinha e a Pousada dos Candeeiros. Na candeeiros cobrará 35 reais por pessoa. Crianças de 6 a 9 anos paga meia e abaixo de 6 anos não paga. Tem a promoção para quem ficar 5 noites ganhará uma diária. Os quartos são simples, mas limpos, com ar condicionado e ventilador. Tem piscininha e o café é legal.
Na Pousadinha a diária é 70 legais para o casal. Ainda não temos mais detalhes sobre ela.
* Para ver fotos e contatos das pousadas acesse o site www.carolina.com.br

02 março, 2007

como chegar ?

É facim, facim. Sairá de Brasília um super busu, organizado pelo Rodrigão, vulgo "gobilo", para Carolina no dia 12 de julho com retorno dia 19. Maiores informações rodrigo_noleto@uol.com.br
É importante decidir o mais rápido possível o meio de transporte, pois o preço e forma de pagamento com relação ao ônibus serão de acordo com o nº de passageiros.
Vagas limitadas- corram...

Outras opções:

- carro: pegue a BR- 010 (Belém - Brasília) e siga até cansar, chegando em Araguaína- TO. Lá, siga para Filadélfia. Atravesse o rio na balsa e chegou em Carolina.

- avião: o destino pode ser Araguaína ou Imperatriz.

  • para Imperatriz tem Gol e TAM. Pela Gol tá 200 reais (comprando com antecedência). A chegada deve ser na quinta, dia 12, pois o vôo é a noite e será necessário que se pernoite lá, e na sexta de manhã seguir pra Carolina (mais ou menos 2h de viagem). O Dario receberá as pessoas no aeroporto e acomodará os convidados na casa da D. Socorro e Seu Agostinho. Dependendo do nº de pessoas, temos como sugestão alugar uma van para levar todos a Carolina.

  • Para Araguína não sabemos informações sobre os vôos. A viagem de Araguaína para Carolina é de apenas 1h.

o casamento

Dia do enlace: 14 de julho de 2007
Local: Igreja São Pedro de Alcântara, Carolina- MA
Horário: 9h da matina


...é cedo mesmo, pois o calor é "horriver" ........Mulherada vai ter que acordar às 6 da manhã pra se maquiar, fazer escova, sobrancelha.........(brincadeira, pois quem se arrumar muito vai pagar mico).

é permitido ser o que você é: naturalmente sedutora, sem precisar ser agressiva. (Correio feminino, Clarice Lispector)









casamento nas carolinas - justificativa

quando amamos uma realidade com toda nossa alma , é porque essa realidade é já uma alma, é porque essa realidade é uma lembrança. - água e os sonhos - gaston bachelard

Ufa. acho que nós conseguimos uma justificativa vastíssima...

Pois bem, senhores e senhoras, já estamos imaginando uma certa saudade do que nem aconteceu. O Casamento virou mesmo um desejo forte, urgente (não, a noiva não tá grávida, ainda). O bom mesmo será reunir todos os amigos e parentes (se bem que reunir parente é ...) (é bom também, ai aí, não beslica belzinha (é bom, parente é bom) (só que tumultua as vezes, ai ai ai ai ai ). brincadeira gente.

Então, Carolina é uma cidade de muitos sonhos, prais de rio e cachoeiras. Situada na chapada das mesas, no sertão do Maranhão. Sendo bem específico Carolina é a cidade mais bonita de que a História tem notícia. Pense numa cidade bonita. Na beira do rio tocantins.

...nessa água que não pára , de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio afora, rio a dentro - o rio. (primeiras histórias, terceira margem, GR).

é isso gente, voltando ao assunto, casar or not casar? Casar, of course. Como não?